"A Chardonnay é uma das castas brancas mais cultivadas pelo mundo, por sua versatilidade e elegância em adaptação de territórios. Sua origem está na Borgonha, região situada a leste da França."
A região da Borgonha é conhecida por seus vinhedos milenares localizados entre as cidades de Dijon e Lyon. Ao norte, entre Dijon e Beaune, localizam-se os mais famosos vinhedos na região de Côte d’Or, divididos em Côte de Nuits, Côte de Beaune e Côte Chalonnaise. Onde recebem uma classificação com 84 denominações de origem controladas (AOCs - Appélation d’Origine Controlé), dos quais 33 vinhedos são denominados como Grand Cru, representando aproximadamente 2% da área dos vinhedos, seguido pela denominação Premier Cru, que são 640 e representam por volta de 13% dessa área.
Uma região com aproximadamente 28mil hectares, de clima continental - com invernos muito frios, verões mais frescos e primaveras sujeitas a geadas e chuvas de granizo - possui solos compostos por um mosaico de milhares de camadas resultante da deposição de milhões de anos de restos de animais e conchas, propiciando dessa maneira o cultivo da uva Chardonnay em um solo calcário e argiloso.
Parcelas de terreno delimitadas há séculos com precisão, trazendo um conceito de classificação e Terroir minuciosos criados pelos monges cistercienses, contemplam assim clima, solo, heranças e tradições locais, que combinados com a ação humana e as uvas, são capazes de gerar vinhos distintos de alta qualidade. Devido a todos esses fatores e a consistência dos vinhedos da região, 48% das uvas plantadas na região são Chardonnay.
Muitas vezes informações nos rótulos dos vinhos produzidos com esta casta, por nos trazer pistas sobre a produção do vinho, seu sabor e até mesmo estilo.
Tonalidades que vão de tons pálidos, do ouro claro à palha, são normalmente vinhos envelhecidos em recipientes inertes (aço inox ou cimento), e tão pouco sofrem conversão malolática ou contato com as borras, trazendo um equilíbrio, e resultando em um estilo ácido e fresco, com notas de frutas cítricas, mineralidade e salinidade.
Quando passamos para os meios tons, que são aqueles que passam pela conversão malolática, envelhecimento por pouco tempo em barris de carvalho ou mesmo a adição de aduelas ou aparas (chips) de carvalho antes do engarrafamento, obtêm-se um vinho com uma nota cremosa e amanteigada, suavizando os ácidos duros.
Finalmente, chegamos a tonalidades profundas, que normalmente passam por um contato maior em barris novos tostados de carvalho, e alguma complexidade de conversão malolática, carregando dessa forma muitas notas de frutas carnudas e maduras com alguns sabores cítricos, tendo ao final um toque que persiste para o que parece ser uma eternidade. Adicionando assim, mais complexidade e corpo ao vinho, trazendo uma expressão máxima de qualidade, levando-o a atingir preços elevados.
Outros países que cultivam essa uva são: Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Chile e África do Sul tem aprimorado o cultivo dessa casta, colocando esses países no cenário mundial quanto ao processo de vinificação.
Atualmente os produtores de todas as regiões têm tomado cuidado para que os sabores de frutas de seus vinhos, produzidos com essa casta, sejam dominados por um sabor de madeira. Vale ressaltar aqui, que esse vinho é muitas vezes valorizado pela sua capacidade em expressar os atributos de um clima ou uma vinha em particular, ou até mesmo a destreza do produtor em sua elaboração. E muitos são os que estão dispostos a investir altos valores, para obter os melhores vinhos e observar sua evolução em garrafa por anos ou até mesmo por décadas.
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