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  • Foto do escritorMaria Amaral

Vinhas do Sul do Brasil


"Antes do vinho: fruta, água, sol, homem, semente... E na origem de tudo como generosa e sábia mãe , a TERRA."


Desde o início, a qualidade dos vinhos produzidos no sul do Brasil, tem sido o resultado:

  • da sabedoria e o trabalho dos produtores

  • da terra privilegiada

  • das condições agroclimáticas ideais para o cultivo de uvas

  • e atualmente, do uso de inovação tecnológica

Experiência ligada à cultura, estilo de vida, história, incluindo o conceito de hedonismo à paixão, emoção e outros significados que são tão pessoais e tão próximos do coração de cada pessoa da região.


Há mais de 05 séculos, a vitivinicultura brasileira perpetua no país uma história de persistência, força e resiliência. Uma história que começou no século XVI, quando Martim Afonso de Souza trouxe a primeira videira Vitis vinífera em sua expedição colonizadora ao Brasil.


Contudo, foi com a chegada da imigração italiana ao Sul, em meados do século XIX, estabelecendo a sua cultura e desenvolvimento econômico, que transformou a região numa das regiões vinícolas mais tradicionais e impactantes do país.


Com dimensões continentais, localizadas entre os paralelos 30o e 50o do Hemisfério Sul, o Brasil possui 03 macrorregiões com características específicas próprias em termos de condições agroclimáticas, tornando-as únicas na viticultura.


Regiões de clima subtropical temperado e úmido (Sul e Sudeste), passando pelo clima tropical semiárido (Nordeste), chegando a regiões de clima de altitude que vai do subtropical ao tropical, cujos vinhedos estão localizados entre 900 e 1400 metros acima do nível do mar, chamados de vinhos de inverno.

O estado do Rio Grande do Sul é estruturado por Indicações de Procedência (IP) desde 1995 pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), sendo reconhecido em 2022. Em 2020 já haviam sido registradas 07 Indicações Geográficas (IGs), entre elas:

  • Vale dos Vinhedos – IP 2002 e DO 2012 (Bento Gonçalves),

  • Altos Flores da Cunha and Nova Pádua – IP 2012 (Altos Montes),

  • Pinto Bandeira – IP 2010,

  • Farroupilha – IG 2015,

  • Monte Belo do Sul – IP 2013 (Monte Belo)

  • Campanha Gaúcha – IP 2020

  • Altos de Pinto Bandeira – DO 2022 to sparkling wines

Por outro lado, a viticultura de altitude em Santa Catarina teve início na década de 1990. Atingindo sua Indicação Geográfica Estruturante em junho de 2020, abrangendo 29 municípios equivalentes a 20% do território catarinense com 300 hectares de área cultivada. São 03 regiões produtoras de vinhos finos de altitude:

  • Campos Novos e Monte Carlo (Campos Novos),

  • Caçador, Água Doce, Salto Veloso, Treze Tilias, Videira e Tanguará (Caçador)

  • São Joaquim, Urupema, Urubici, Bom Retiro, Painel e Campo Belo do Sul (São Joaquim)

Outro aspecto importante é que os viticultores catarinenses que têm investido na produção de vinhos finos de altitude são oriundos de diversos setores, como o têxtil, a cerâmica, a pecuária, ou mesmo profissionais de saúde com interesses pessoais, por vezes relacionados com a história familiar. O que este facto nos mostra é que o acto de fazer vinho está fortemente ligado à filosofia de quem o faz, às características ambientais e à reputação das regiões produtoras.


Estas áreas de cultivo, distantes dos paralelos 30o e 50o, apresentam excelente terroir e microclima - incluindo solo, topografia, clima, características paisagísticas e biodiversidade - típicos das regiões de altitude ajudando na biossíntese de aromas e pigmentos, preservando a acidez bem como dando estrutura e corpo aos vinhos, expressando toda a genética de cada casta. Fatores que contribuem para a conquista das certificações.


O terroir está ligado a uma área, ao conhecimento coletivo e à particularidade das competências e culturas tradicionais dos viticultores. Esta interação ambiental entre identidade física e biológica, aplicada às práticas vitivinícolas, impulsiona a melhoria das diferentes características do produto final.


Além disso, temos que contar com a visão e sensibilidade dos enólogos na escolha das leveduras e dos insumos, na escolha da barrica a utilizar, no timing, nos tipos de rolhas e engarrafamento, e nos profissionais de áreas afins, trazendo conhecimento científico e inovação tecnológica toda a cadeia produtiva do processo, além de auxiliar na gestão comercial estratégica empregada nas vinhas e no setor de marketing comercial na Internet.


Podemos ainda mencionar, que a procura incessante de conhecimento, bem como a sensibilidade às necessidades de mudança, tem revelado um factor crucial na correcta gestão dos recursos naturais encontrados pelos viticultores, enólogos, distribuidores, e todas as outras áreas envolvidas no processo, para expressar o sabor e a tipicidade dos vinhos da região. Possibilitando a obtenção de Indicações Geográficas (IGs) a diversos produtores, bem como motivando outras regiões brasileiras a buscarem os mesmos objetivos.


Acima de tudo, o mais importante é a adoção da delimitação e gestão da produção vitivinícola, bem como de uma metodologia meticulosa desde o início conduzida na região, fazendo com que a gestão dinâmica dos IGs seja reconhecida pelos organismos competentes. Como resultado, um vinho com impacto significativo na sua visibilidade e credibilidade no mercado nacional e estrangeiro.



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